terça-feira, 1 de dezembro de 2009

B O E M I A
Direitos autorais reservados.
O repasse desta só poderá ser
Feito resguardando-se seu inteiro
Teor e forma, não podendo ser,
Em nenhuma hipótese, fracionado.


Não foi em vão, amiga minha, que busquei-te a vida inteira
pra ser minha companheira;
fui a ti por alegria, por amor e por saudade,
e até com ansiedade fui buscar-te na minha dor.

Por amor tu ti me dás - toda inteirinha -
e eu te aceito com carinho, sem pensar, nem de mansinho,
a outros magoar.

Na saudade te encontrei, fazendo-te presente
no lugar de quem ausente quizera encontrar.

E na ansiedade e tristeza - causa suprema da dor -
achei-te pura e sincera, sem uma quimera,
a dar-me o calor.

Sei que tens mais amantes!
Mas antes de tudo tu sabes amar:
te entregas a todos, a todos amando,
pra teu nome ficar.

Ó Boemia!
És prostituta que a todos escuta
se te sabem cantar.
Consolo e prêmio de quem, se boêmio,
te sabe amar.

De Fernando Capelinha Tôrres de Souza
em B. Hte, 22/novembro/1980.

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