quinta-feira, 25 de março de 2010

O Fascínio da Rosa

O FASCÍNIO DA ROSA

Qual dentre elas será mais bela?
A flor do lírio em seu alvor,
ou da roseira a rosa rosa,
a mais bonita e linda flor?

- Perdoe-me o lírio meu delírio!
Tua brancura, toda ternura,
teu porte belo, todo singelo,
mas sempre altivo,
teve cativo e prisioneiro,
no meu gostar lugar primeiro.

Só uma circunstância em relevância fez-me mudar
e neste mundo lugar segundo fez-me te dar:
fiz-te presente a uma mulher!
- Não penses nunca ter sido ela uma qualquer!
Sob teu porte sobejo, invulgar,
deu-me ela um beijo em teu lugar.

Na perfulgente, quase indolente, claridade de uma flor,
convite clássico, pra início plácido, de um grande amor.
- Como enternece e não fenece o amor da flor!

Seguidas vezes de outras feitas,
sabendo que tu enfeitas, dei-te a ela com fervor;
co’as mãos em ti se enternecia e a sorrir me agradecia.

Faltaste um dia lá na flora. – Que levo eu a ela agora?!
Só enfeita a alma a palma de qualidade,
Como a saudade e margarida, preferidas
Pra desta vida o mistério se lembrar no cemitério.

- Perdoe-me o lírio meu delírio!
Eras ainda a flor mais linda a encantar ao se ofertar.

Entre perplexo e embevecido e o meu reflexo convencido,
dentre outras, ademais, como jamais,
enveludada e primorosa, vi a rosa cor de rosa.

- É esta! Far-me-á o amor em festa!

E a rosa formosa com o perfume que assume o lugar que requer,
eu dei de presente à mesma mulher.

Que encantamento, naquele momento
o muito falar de um mudo olhar.
- Perdoe-me o lírio meu delírio!
É que só vi igual brilho, ouvindo um estribilho
da boca formosa, em rosa –a flor –
quando os versos findavam e seus lábios falavam:
“...tu és meu amor!”

Fernando Capelinha Tôrres de Souza – 07/11/78

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