domingo, 24 de janeiro de 2010





Vieste ao mundo, formosa Carol, com o Pepê, seu mano gêmeo, trazer alegria pra este vovô coruja.
Velo seu sono na foto e peço Deus e peço a Deus
que seus anjos te envolvam, sempre, na mais bendita e alere paz. Um beijo carinhoso do Vôfernando.
Por Fernando “Capela” Tôrres de Souza

Mãos:
teu uso tem carinho, tem calor e tem amor.
Teus colóquios quando tocas pra o afago outras mãos
que te esperam aflitas, sem desditas,
pra um aperto bem de perto e ao certo sem paixão,
são marcadas e apulsadas de afeição.

Teu uso sem limite nos permite,
sem fastio ou desafio, bem mostrar e demonstrar,
só num gesto manifesto, o calor ou desamor.

Teu uso no trabalho ou no baralho
calejada e costumada,
vem no éter o caráter,
por costume que se assume, retratar

Teu uso é um digno paradigma.
Abençoas e proteges
num abraço entre braços
e ataca com teus tapas
sem defesa a indefesos.

Teu uso te corrói e tudo destrói.
Armas-te pras disputas
saindo em lutas,
fazendo vítimas ilegítimas, como for,
sem saciar-te, destarte, o teu furor.

Teu uso torpe tem servido como garras
entre guerras infernais,
e até teus dedos, firmam ledos, penas capitais.

Ó mãos!...
Teu uso com abuso
tem marcado lugar alto no assalto e outros crimes
que se imprimem num jornal.

Teu uso imperfeito não foi feito iluminado
com essa luz que te traduz,
mas pra o bem que já não tens.

Teu uso inconseqüente é conseqüência
da demência do incapaz
comandando e autorizando a maldade contumaz.

Teu uso não é esse que te arrasta!
Criada foste para o amor!
E das funções primeiras que te dera o Criador,
foi justo o seio donde o leite, com deleite,
tu te firmas pra uma boca saciar:
ergue-te inocente e inconsciente
e o colo em frente tu te pões a cariciar.

Mãos!
Desse teu uso, que belo e nobre desse teu modo de se mostrar.
Renasça em graça tua beleza qu'é riqueza,
formando elos, inda singelos, cheios de bens,
deixando quente na de outra gente,
calor e amor que tu bem tens!