quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Para um grande amor

Despeço-me de ti sem adeus.

Levo n'alma o brilho de teus olhos.

Guardo no coração não a paixão

mas o amor que enleva e o bem que te quero.

Assim como povoaste meus sonhos

por uma vida inteira,

hei de acordar de um sono

em que sonhei te encontrar

e contigo caminhar...

caminhar e te amar!...

Enquanto isso...

Vou com a saudade.. buscando-te..

Até de novo te encontrar...e te amar!



10/10/10 Fernando Capela

quinta-feira, 25 de março de 2010

O Fascínio da Rosa

O FASCÍNIO DA ROSA

Qual dentre elas será mais bela?
A flor do lírio em seu alvor,
ou da roseira a rosa rosa,
a mais bonita e linda flor?

- Perdoe-me o lírio meu delírio!
Tua brancura, toda ternura,
teu porte belo, todo singelo,
mas sempre altivo,
teve cativo e prisioneiro,
no meu gostar lugar primeiro.

Só uma circunstância em relevância fez-me mudar
e neste mundo lugar segundo fez-me te dar:
fiz-te presente a uma mulher!
- Não penses nunca ter sido ela uma qualquer!
Sob teu porte sobejo, invulgar,
deu-me ela um beijo em teu lugar.

Na perfulgente, quase indolente, claridade de uma flor,
convite clássico, pra início plácido, de um grande amor.
- Como enternece e não fenece o amor da flor!

Seguidas vezes de outras feitas,
sabendo que tu enfeitas, dei-te a ela com fervor;
co’as mãos em ti se enternecia e a sorrir me agradecia.

Faltaste um dia lá na flora. – Que levo eu a ela agora?!
Só enfeita a alma a palma de qualidade,
Como a saudade e margarida, preferidas
Pra desta vida o mistério se lembrar no cemitério.

- Perdoe-me o lírio meu delírio!
Eras ainda a flor mais linda a encantar ao se ofertar.

Entre perplexo e embevecido e o meu reflexo convencido,
dentre outras, ademais, como jamais,
enveludada e primorosa, vi a rosa cor de rosa.

- É esta! Far-me-á o amor em festa!

E a rosa formosa com o perfume que assume o lugar que requer,
eu dei de presente à mesma mulher.

Que encantamento, naquele momento
o muito falar de um mudo olhar.
- Perdoe-me o lírio meu delírio!
É que só vi igual brilho, ouvindo um estribilho
da boca formosa, em rosa –a flor –
quando os versos findavam e seus lábios falavam:
“...tu és meu amor!”

Fernando Capelinha Tôrres de Souza – 07/11/78

domingo, 24 de janeiro de 2010





Vieste ao mundo, formosa Carol, com o Pepê, seu mano gêmeo, trazer alegria pra este vovô coruja.
Velo seu sono na foto e peço Deus e peço a Deus
que seus anjos te envolvam, sempre, na mais bendita e alere paz. Um beijo carinhoso do Vôfernando.
Por Fernando “Capela” Tôrres de Souza

Mãos:
teu uso tem carinho, tem calor e tem amor.
Teus colóquios quando tocas pra o afago outras mãos
que te esperam aflitas, sem desditas,
pra um aperto bem de perto e ao certo sem paixão,
são marcadas e apulsadas de afeição.

Teu uso sem limite nos permite,
sem fastio ou desafio, bem mostrar e demonstrar,
só num gesto manifesto, o calor ou desamor.

Teu uso no trabalho ou no baralho
calejada e costumada,
vem no éter o caráter,
por costume que se assume, retratar

Teu uso é um digno paradigma.
Abençoas e proteges
num abraço entre braços
e ataca com teus tapas
sem defesa a indefesos.

Teu uso te corrói e tudo destrói.
Armas-te pras disputas
saindo em lutas,
fazendo vítimas ilegítimas, como for,
sem saciar-te, destarte, o teu furor.

Teu uso torpe tem servido como garras
entre guerras infernais,
e até teus dedos, firmam ledos, penas capitais.

Ó mãos!...
Teu uso com abuso
tem marcado lugar alto no assalto e outros crimes
que se imprimem num jornal.

Teu uso imperfeito não foi feito iluminado
com essa luz que te traduz,
mas pra o bem que já não tens.

Teu uso inconseqüente é conseqüência
da demência do incapaz
comandando e autorizando a maldade contumaz.

Teu uso não é esse que te arrasta!
Criada foste para o amor!
E das funções primeiras que te dera o Criador,
foi justo o seio donde o leite, com deleite,
tu te firmas pra uma boca saciar:
ergue-te inocente e inconsciente
e o colo em frente tu te pões a cariciar.

Mãos!
Desse teu uso, que belo e nobre desse teu modo de se mostrar.
Renasça em graça tua beleza qu'é riqueza,
formando elos, inda singelos, cheios de bens,
deixando quente na de outra gente,
calor e amor que tu bem tens!